Milionário Chega de Viagem e Encontra seu Filho Pedindo Comida ao Vizinho! O que Ele Descobre…

Na cozinha da vizinha idosa, um empresário milionário encontra seu filho de 7 anos devorando uma sopa como se não tivesse comido há dias. E a criança estava realmente faminta, excessivamente magra, irreconhecível. “Por favor, não conte para o meu pai que eu vim aqui. Se contar, ela não vai mais me deixar sair do quarto”, sussurra o menino desesperado.

O que o pai descobriu sobre a madrastra durante sua viagem de negócios deixaria qualquer um em estado de choque. A limusine preta deslizou silenciosamente pelas ruas de paralelepípedos do bairro nobre, seus vidros escurecidos refletindo o brilho dourado do crepúsculo.

Alexandre Mendonça ajustou sua gravata de grife enquanto revisava os últimos relatórios de sua empresa de tecnologia no tablet. Três semanas em Cingapura, fechando o contrato mais significativo de sua carreira, haviam valido a pena, mas agora ele só desejava chegar em casa e abraçar Henrique, seu filho de 7 anos. “Senhor Alexandre, chegamos em 5 minutos”, murmurou Caio, seu motorista de confiança, que trabalhava para a família havia anos. “Obrigado, Caio. Você soube de algo sobre a casa enquanto eu estava fora?”, perguntou Alexandre guardando o tablet em sua pasta de  couro.

Caio hesitou um momento, seus olhos encontrando os de Alexandre no espelho retrovisor. “Tudo tranquilo, patrão. Dona Isadora esteve ocupada com seus eventos de caridade.” Algo no tom de Caio fez Alexandre franzir a testa. Mas antes que pudesse perguntar mais, a limusine parou em frente à imponente mansão de estilo contemporâneo. Os muros de pedra brilhavam sob as luzes do jardim e os chafarizes de ardósia cantavam sua melodia noturna. Alexandre respirou fundo, inalando o aroma familiar das jabuticabeiras que margeavam a entrada principal.

“Henrique, estará acordado?”, perguntou consultando seu relógio suíço. “São apenas 19 horas, patrão, crianças da idade dele…” Caio não terminou a frase. Seus olhos haviam se fixado em algo que acontecia na casa ao lado, a residência dos Silva, uma família de profissionais liberais que sempre foram bons vizinhos.

Alexandre seguiu o olhar de seu motorista e sentiu que o ar escapava de seus pulmões. Lá, no alpendre iluminado da casa vizinha, estava Henrique. Seu pequeno filho, com seu cabelo castanho despenteado e seus olhos cor de mel tão parecidos com os seus, estava sentado nos degraus ao lado de dona Margarida. Mas não era a localização que paralisou Alexandre, e sim o estado do menino.

Henrique vestia uma camiseta listrada muito grande para seu corpinho, agora visivelmente mais magro do que Alexandre lembrava. Suas calças de sarja pendiam folgadas e ele tinha nas mãos uma tigela de barro que segurava com uma urgência que fez o estômago de Alexandre se contrair.

“Meu Deus”, sussurrou Alexandre saindo da limusine antes que Caio pudesse abrir a porta. Dona Margarida, uma mulher robusta de meia-idade com cabelos grisalhos presos em um coque, ergueu os olhos ao ouvir os passos apressados de Alexandre. Sua expressão transformou-se imediatamente de carinho maternal em preocupação evidente. “Senhor Alexandre”, disse a mulher levantando-se rapidamente. “Não sabíamos que o senhor havia retornado.”

Henrique ergueu a cabeça ao ouvir a voz do pai. Seus olhos, que antes brilhavam com a alegria típica de uma criança de sua idade, agora mostravam uma mistura de alívio e algo que Alexandre não pôde identificar de imediato. Vergonha, medo. “Papai…”, murmurou Henrique tentando esconder a tigela atrás das costas.

Alexandre ajoelhou-se diante de seu filho, seus sapatos de couro envernizado roçando nas ladrilhos hidráulicos do alpendre. Com mãos trêmulas, tomou o rosto de Henrique entre suas palmas. A pele do menino estava mais fria do que o normal e suas bochechas, antes rechonchudas, agora mostravam os ossos salientes de uma maneira que não era natural em uma criança de 7 anos.

“Meu filho, o que você está fazendo aqui? Onde está Isadora?”, perguntou Alexandre, sua voz carregada de uma mistura de perplexidade e alarme crescente. Dona Margarida pigarreou, olhando nervosamente para a mansão dos Mendonça. “Senhor Alexandre, o menino veio há algumas horas. Ele estava com fome.”

Fome. A palavra saiu como um rugido abafado da garganta de Alexandre. “O que a senhora quer dizer com ‘estava com fome’?” Henrique baixou a cabeça, seus pequenos dedos brincando com a barra de sua camiseta. “Tia Isadora disse que não tinha comida suficiente para o jantar, que eu esperasse até amanhã.” O mundo de Alexandre balançou.

 

“Tia Isadora”, como haviam ensinado Henrique a chamar sua madrastra, era quem supostamente cuidaria dele durante suas viagens de negócios. A mulher que havia conquistado seu coração dois anos antes com sua beleza requintada e sua aparente devoção por Henrique. “Há quanto tempo você não come, filho?”, perguntou Alexandre, sua voz quase inaudível. Henrique olhou para dona Margarida como se pedisse permissão para falar. A mulher assentiu com gentileza, acariciando a cabeça do menino. “Desde ontem de manhã”, sussurrou Henrique. “Ela só me deu um pouco de água e me mandou ficar no meu quarto.”

Alexandre sentiu o sangue latejar em suas têmporas. Vinte e quatro horas. Seu filho havia passado vinte e quatro horas sem comer em uma casa onde a geladeira estava sempre abarrotada, onde a despensa tinha provisões para alimentar uma dúzia de pessoas. Uma fúria primitiva e gelada começou a substituir o choque inicial. Ele pegou Henrique no colo, notando com o coração apertado como o menino estava leve, quase sem peso.

“Obrigado, dona Margarida”, disse ele, sua voz contendo uma tempestade de emoções. “Pelo resto da minha vida, serei grato por sua bondade.” A vizinha apenas acenou, com os olhos marejados. “Ele é um menino tão bom, senhor Alexandre. Tão obediente.”

Sem dizer mais uma palavra, Alexandre carregou seu filho para dentro de sua própria casa. O silêncio na mansão era opressivo. Ele subiu a escadaria de mármore e entrou no quarto de Henrique. A cama estava perfeitamente arrumada, os brinquedos organizados nas prateleiras, mas o ar estava pesado e vazio.

Foi então que ele viu, meio escondido sob a cama, o caderno de desenhos de Henrique. Ao abri-lo, seu sangue gelou nas veias. As páginas não mostravam os robôs coloridos e super-heróis de antes. Agora eram desenhos sombrios a lápis: uma figura alta e magra com olhos raivosos, um prato vazio, e um menino pequeno trancado atrás de barras. Em uma página, estava escrito com letra trêmula de criança: “Tenho medo quando o papai viaja.”

Alexandre sentou-se pesadamente na cama, com o filho agora adormecido em seus braços, exausto pela fome e pelo choro. Foi quando seu telefone vibrou. Era uma notificação do aplicativo de segurança da casa, que ele raramente verificava. Algo o levou a abri-lo. Ele acessou os registros de vídeo, selecionando os dias de sua ausência.

As imagens mostraram Isadora em seus almoços e jantares luxuosos, sozinha na mesa de jantar, cercada de iguarias. Em um dos vídeos, ela repreendia Henrique com brutalidade quando ele se aproximava da mesa, puxando-o pelo braço e arrastando-o de volta para o quarto. A verdade, crua e inegável, explodiu diante de seus olhos.

Ele não era apenas um empresário bem-sucedido. Era um pai que havia falhado em proteger seu próprio filho. A viagem de negócios, o contrato milionário, tudo parecia insignificante diante daquela descoberta devastadora. O verdadeiro negócio de sua vida, percebeu ele com uma clareza dolorosa, não estava em Singapura, mas ali, naquele quarto, com seu filho magro e aterrorizado dormindo em seu colo. E ele jurou, naquele momento, que Isadora descobriria o que significava cruzar um homem que tinha apenas uma coisa a perder, e que agora a tinha encontrado.